In Educação Digital, Dialogar e Agir por + Igualdade na R.A.M., Direitos Humanos, Madeira, 2023,

A AIDGLOBAL esteve com os/as jovens da Madeira a trabalharem o tema dos Direitos Humanos.

No âmbito do projeto “Dialogar e Agir por mais Igualdade na R.A.M.”, decorreram, nos dias 21 e 22 de janeiro, no Funchal, e, nos dias 28 e 29 de janeiro, no Porto Santo, as duas edições da Escola de Associativismo e Direitos Humanos


Esta Escola, tanto no Funchal como no Porto Santo, teve o plano de atividades subdividido em dois momentos, com formatos distintos: no primeiro dia, em contexto de sala de aula e, no segundo, numa prática externa, junto da comunidade.

Funchal

A estreia da Escola ocorreu no Funchal onde, através de dinâmicas de educação não formal, as/os participantes se aperceberam do que está subjacente aos Direitos Humanos, as igualdades e as desigualdades existentes no mundo, particularmente na Região Autónoma da Madeira, e qual o papel e a voz ativa que têm e que podem potenciar.
 
Para concretizar as aprendizagens, foi proposto às/aos jovens um desafio: desenvolver uma campanha de sensibilização que não fosse apenas uma reflexão teórica. O objetivo era que as/os participantes experimentassem, colocassem em prática e sentissem o que acontece ao experienciarem, no terreno, as temáticas estudadas.

Foi precisamente a partir desse desafio que o segundo dia desta formação no Funchal arrancou, tendo como mote da campanha “Hoje já visitou um Museu?”.

Os/as participantes idealizaram um Museu ao Ar Livre e escolheram, como local estratégico, um largo próximo de uma igreja, para conseguirem captar o maior número de pessoas, num domingo de manhã. Cerca de 50 pessoas foram envolvidas nesta atividade, enquanto passeavam pela Rua das Pretas, no Funchal, rua eleita para criar o "museu a céu aberto".

As/Os convidadas/os foram incentivadas/os a escreverem ou desenharem sobre temas emergentes: pobreza, habitação, saúde e educação. “A pobreza pode ser evitada”, “Cuidado com o crescimento do alojamento local”, “O Planeta é o nosso lar” e “Criar condições para reter talentos” foram alguns dos alertas, reflexões e recomendações de quem participou neste museu. No final, as/os envolvidas/os tiveram, ainda, a oportunidade de partilharem, por escrito, uma boa ação que tivessem feito e ler sobre outra, feita por alguém que, antes, tivesse passado por ali.

Finalizamos estes dois dias com a sensação de missão cumprida!  A AIDGLOBAL ao ter percecionado que os/as jovens saíram com a energia certa para continuarem a ter voz e práticas defensoras dos Direitos Humanos. E as/os participantes, com a consciência de saberem que são capazes, com muitos ou poucos recursos, de conseguirem fazer a diferença, em qualquer dia, em qualquer hora, em qualquer local.

Porto Santo

No fim de semana seguinte (28 e 29 de janeiro), a Escola de Associativismo e Direitos Humanos chegou a Porto Santo e, apesar de terem sido realizadas atividades em moldes iguais à edição do Funchal – uma vertente de aprendizagem em sala de aula e uma atividade prática dirigida à comunidade — algumas dinâmicas foram adaptadas.

Quase duas dezenas de jovens refletiram sobre a importância dos Direitos Humanos, partilharam experiências pessoais e imaginaram possíveis associações juvenis no Porto Santo, destacando desafios e identificando possíveis soluções.

Na segunda fase, diferentemente da edição realizada no Funchal, o desafio foi posicionar as/os jovens enquanto cidadãs/ãos ativas/os, guiando-as/os na sistematização de propostas de melhoria sobre as problemáticas identificadas. No final e, com orgulho do trabalho realizado, os participantes sugeriram enviar as propostas ao Presidente da Câmara do Porto Santo.

O email foi enviado e, todas/os as/os que se inscreveram nesta Escola de Inverno com o propósito de “aprenderem mais” e “conhecerem novas pessoas” cumpriram as suas expectativas!

Foram dois dias únicos em que, olhos nos olhos, os jovens debateram, a uma só voz, uma causa: a defesa dos Direitos Humanos.

O projeto é promovido pela AIDGLOBAL, em parceria com a Universidade da Madeira, e financiado pelo programa Programa Cidadãos Ativ@s dos EEA Grants, tendo como Operadores a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação Bissaya Barreto.