Nos dias 19 e 20 de janeiro, a equipa do projeto em Moçambique deslocou-se às 5 comunidades do Distrito do Chibuto para fazer o balanço-conjunto do 2º ano da vigência do projeto e planear o arranque das atividades das Escolinhas, em 2021.
Apesar dos condicionalismos impostos, sobretudo pela pandemia em Moçambique e no mundo, a avaliação do projeto e das atividades implementadas entre novembro de 2019 e outubro de 2020 foi considerada positiva, sendo de destacar os seguintes aspetos:
No que concerne às dificuldades e contrariedades surgidas no decurso da execução do projeto, há a referir a insuficiente participação dos membros do Conselho de Gestão Comunitária, a impossibilidade não só de abrir as Escolinhas devido à situação pandémica como também de implementar atividades de Educação Parental e, ainda, a desistência de 2 Educadoras da Comunidade de Chaimite.
Todavia, estes contratempos não minimizaram as expectativas de continuidade do projeto, aguardando-se dias melhores. Foi, assim, neste clima de confiança que se preparou o 3º ano do projeto (EeM), lembrando que, com ele, se pretende que serviços de Educação de Infância Itinerantes (EII) sejam geridos e integrados de forma sustentável, e que as próprias comunidades tenham as competências necessárias para o desenvolvimento integral da criança em idade pré-escolar, num contexto educativo social, com atividades desenvolvidas, diariamente, ao ar livre, tendo como base a aprendizagem pela Natureza.
Foi considerado imperativo atualizar as listas das crianças para o ano letivo de 2021, por comunidade, e providenciar-lhes um lanche diário. Os conselhos de gestão comunitária, orientados pela AIDGLOBAL, propõe-se dinamizar a construção de TIP TAP, para que as mãos sejam lavadas sem tocar no suporte, impedindo a propagação de sujidade e bactérias.
No entanto, a abertura das Escolinhas está dependente da autorização, em data a definir pelo Governo moçambicano, no contexto da COVID 19, sendo as condições dependentes, também, da vistoria realizada pelo delegado de saúde, a cada comunidade. Será, porém, necessário construir uma cerca à volta do terreno das Escolinhas e equipar cada uma com um Kit /Equipamentos de saúde, contendo termómetro, lixívia, sacos de sisal para a colocar, sabão e máscaras para as Educadoras.
“Educadores em Movimento – uma Educação Itinerante para a Primeira Infância” é um projeto que cria ligações entre a Escola Primária e os serviços de Educação de Infância Itinerante de 5 comunidades rurais do Distrito de Chibuto, Província de Gaza. É financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, cofinanciado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua I.P. e implementado por um consórcio constituído pela AIDGLOBAL, gestora do projeto, pelo Centro Vocacional e Residencial do Chibuto (CVRC), parceiro na definição de estratégias sociais e educativas e no acolhimento das diversas iniciativas, pelo Instituto Politécnico de Leiria (IPL), seu coordenador científico-pedagógico, pelo Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa (CEI-IUL), coordenador da componente antropológica, pelo Serviço Distrital da Juventude, Educação e Tecnologia do Chibuto (SDJET) e Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social (SDSMAS) – entidades que garantem a articulação do projeto com as políticas públicas.